terça-feira, 17 de agosto de 2010


Maria e o Seu Menino
Hoje, durante minhas orações, pus-me a meditar a Paixão de Nosso Senhor, tentei imaginar o que se passava no coração daquele Homem que percorria sua Via Crucis carregando nos ombros o Patíbulo da humanidade.

Mal sabia eu que essa missão seria impossível.  Como poderia imaginar seus sentimentos? Como imaginar o que se passava no coração daquele Homem que em toda sua humanidade, era Deus? Quanta ousadia a minha!

Mais que uma imaginação, é como uma imagem real o que vejo. Aquele Homem desfigurado, passando pelas ruas estreitas de Jerusalém, sendo açoitado, zombado e cuspido pela multidão a sua volta. Caindo uma, duas, três vezes naquele chão pedregoso. Imagino a carne do meu Senhor encontrando as pedras soltas no chão das ruas de Jerusalém, e cada uma dilacerava ainda mais suas feridas. Vejo e sinto como se eu estivesse presente naquele lugar.

Vejo cada um dos soldados romanos com seus instrumentos em punho e sem escrúpulos, forçando os látegos de seus chicotes na pele do Nosso Senhor. E o Seu preciosíssimo sangue era derramado sobre as ruas de Jerusalém.

Consigo ver ainda o encontro da mãe com o Filho, que é sem duvida, a cena que mais me emocionou e emociona. As mãos de Maria vão de encontro ao rosto do Menino. Que olhar! Quanta ternura e amor! Quanta força! Ali, eu percebi que um olhar vale muito mais que qualquer palavra dita, pois as palavras podem não vir do coração, já o olhar transmite o que fala nossa alma.

Maria foi até o fim com o Filho, chegou ao calvário dos seus sentimentos. Viu os cravos rasgarem a pele das mãos e dos pés do Menino que ela embalou tantas vezes e que cuidou com tanto carinho e sabedoria. Viu ser erguido na Cruz que não O pertencia, mais por amor Ele a carregou e se entregou no nosso lugar.

E Sem dúvida alguma, a lança que transpassou o coração do Homem Jesus, dilacerou também, o coração da mãe. Assim como o Filho, Maria não desistiu foi até o fim e nos recebeu como filhos, amando e nos ensinando amar a Deus e ao próximo como o seu Filho ensinou. E nosso pecado, ainda hoje, é a lança que dilacera o Coração da Virgem Santíssima.
Maria, como mãe, nos guia e ensina a nos lançar a vontade de Deus.

Com Carinho
Priscila Cruz

www.twitter.com/prisciladeassis

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